Ranking das marcas mais valiosas reflete crise financeira

O Ranking Interbrand das Marcas Globais Mais Valiosas 2008, estudo realizado pela consultora internacional Interbrand, apresenta algumas mudanças importantes este ano. A liderança continua com a Coca-Cola - é assim há oito anos. Mas os entre os destaques agora estão as marcas de instituições financeiras, que refletiram na pesquisa os problemas enfrentados pelas companhias em todo o mundo. Enquanto o mercado financeiro cai, o setor de tecnologia mostra fôlego. Marcas como Google (+43%) , Apple (+24%) e Amazon. com (+19%) registraram as maiores valorizações da edição 2008. Ainda no setor de tecnologia, a principal mudança no ranking fica para a troca deposições entre IBM (atual 2ª colocação) e Microsoft, que caiu para a 3ª posição. Entre os motivos para a queda da Microsoft estão os problemas no lançamento do Windows Vista, grande aposta da companhia, mas que apresentou alguns problemas operacionais. Além disso, a IBM reformulou sua estratégia mundial e deixou de ser uma fabricante de PC para tornar-se uma provedora de soluções. "Com certeza esses fatores foram importantes para as novas colocações", diz o diretor-geral da Interbrand no Brasil, Alejandro Pinedo. "O ranking é o reflexo do que acontece no mundo", afirma o executivo. "Desde o ano passado, com a crise no mercado imobiliário norte-americano, as empresas do setor financeiro já apresentavam problemas", conta. O ranking leva em conta os números publicados pelas companhias até o dia 31 de maio, considerado o término do ano fiscal. Instituições globais como Merrill Lynch (-21%), Citi Group (-14%), Morgan Stanley (-16%), JP Morgan (-6%) e AIG (-6%) apresentaram quedas importantes. Pinedo afirma que as marcas são o ativo mais estável das companhias. "Elas podem ajudar na recuperação, pois é um elemento a mais de segurança nos momentos de incertezas", completa. Mas Pinedo adverte: "Uma marca não salva uma empresa de uma crise financeira. "Outro destaque é a chegada do Google à lista dos dez primeiros. A marca entrou no ranking em 2005 na 38ª posição e de lá para cá manteve um crescimento médio de 44%, alcançando a 10ª colocação. Brasília, 19 de setembro de 2008. Fonte: Gazeta Mercantil-SP - Caderno C - Pág. 7 (Sheila Horvath)