Youtube aprimora combate à infração de direitos autorais, diz executivo.

INTERNET - São Paulo - Ricardo Reyes ressalta funções de rastreamento e bloqueio de vídeos no Youtube, mas critica adaptação das leis à tecnologia. No fogo cruzado entre os detentores de direitos autorais e os criadores de vídeos desde sua criação, o Youtube busca aprimorar ferramentas para detectar conteúdos ilegais. Isso sem interferir a criatividade de milhares de usuários que alimentam o site com 20 horas de vídeos por minuto, no mundo todo. Os 10 virais mais vistos. Em entrevista ao IDG Now!, o responsável por comunicações de relações públicas do Youtube, Ricardo Reyes, informa que o Youtube tem aprimorado o Content ID, uma ferramenta já existente no Google Video. Com ela é possível identificar um vídeo que infringe direitos autorais cruzando imagens e permitir que o detentor dos direitos escolha se deseja bloquear, liberar o conteúdo ou ainda oferecer um modelo de receita compartilhada com o autor do vídeo. No caso da cantora Susan Boyle, que tornou-se um fenômeno mundial por conta do Youtube, a emissora responsável pelo programa Britain´s Got Talent, no qual Boyle foi revelada, fez acordos de publicidade no Youtube, em alguns países, cita Reyes. Outro sistema implantado pelo Youtube é o bloqueio de autores de vídeos que infringem direitos autorais. O sistema funciona em três passos, envolvendo um alerta ao infrator e, se não funcionar, a conta dele é bloqueada no Youtube". Se de um lado, as pessoas têm pouca informação sobre direitos autorais, de outro há comportamentos divergentes por parte dos detentores de conteúdos e das leis de direitos autorais de cada país. "Uma senhora colocou um vídeo no Youtube do aniversário de sua filha com uma música do cantor Prince ao fundo. E Prince entrou com um processo contra ela", conta Reyes. "Temos também o caso de uma emissora de TV que colocou conteúdos no YouTube para divulgar um programa e, no dia seguinte, o departamento jurídico entrou em contato conosco para retirarmos o conteúdo do ar". Reyes defende as licenças pelo sistema aberto Creative Commons, mas acredita que a legislação de cada país deve se adaptar a uma ecnologia que já faz parte do cotidiado de milhares de pessoas. "Velhos regimes não funcionam no mundo digital. Nós respeitamos a lei, mas não podemos colocar a tecnologia de volta em uma caixa", conclui o executivo. - abpi.empauta.com. Brasília, 28 de maio de 2009. IDG Now!/BR Diretos Autorais abpi.empauta.com pg.14.