Acordo ortográfico afeta nomes de empresas

Pompéia decidiu manter a grafia com acento, apesar de mudar a regra.
Joana Colussi - joanacolussi@correiodopovo.com. br
Enquanto os brasileiros tentam aos poucos se adaptar às novas regras da Língua Portuguesa, a grafia de órgãos públicos e de empresas privadas são destacadas em faixadas de edifícios, lojas e produtos vendidos à população. Pelo acordo ortográfico, em vigor desde o início do mês, algumas marcas e nomes de instituições são atingidos em cheio. É o caso da rede de Lojas Pompéia, com mais de 50 estabelecimentos espalhados pelo Rio Grande do Sul. Fundada em 1953, no município de Camaquã, a empresa foi registrada com acento agudo, conforme o acordo ortográfico em vigor na época. Pela nova regra, os ditongos abertos 'éi' e 'ói' deixam de ser acentuados. Mas a unificação da língua nos países que tem o português como idioma oficial não fará com que a empresa modifique a grafia. 'Já há uma identidade visual entre a nossa marca e o público, por isso decidimos não retirar o acento', explica a superintendente de Marketing e Vendas das Lojas Pompéia, Carmem Ferrão. Segundo ela, a modificação na grafia da marca iria envolver um custo muito alto no visual das lojas e em material publicitário. Na mesma situação está uma das maiores indústrias de calçados do mundo,a Azaléia. Criada na década de 50, no município de Parobé, a empresa exporta hoje para mais de 80 países.Os diretores da empresa ainda não decidiram se o produto brasileiro vendido para diversas regiões brasileiras e para fora do país irá adotar a mudança. O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) ainda não se manifestou sobre a questão das marcas. A posição oficial deve ser anunciada só após a publicação do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) pela Academia Brasileira de Letras (ABL). Brasília, 11 de janeiro de 2009. Correio do Povo - RS - Porto Alegre/RS. INPI. abpi.empauta.com pg.3.